México pede à ONU que intervenha na tensão entre EUA e Venezuela
- 18/12/2025
"Para além das opiniões sobre o regime venezuelano, sobre a Presidência de Maduro, a posição do México deve ser sempre de não à intervenção (...), fazendo um apelo às Nações Unidas para que assumam o seu papel a fim de evitar o derramamento de sangue e que se busque sempre soluções pacíficas para os conflitos", afirmou Claudia Sheinbaum.
As declarações da chefe de Estado mexicana, durante a sua conferência de imprensa diária no Palácio Nacional, surgem depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado um "bloqueio total" contra os petroleiros sancionados que entram e saem do país sul-americano.
Sheinbaum fundamentou a sua posição na doutrina de política externa mexicana e reiterou os princípios da "não intervenção, não interferência estrangeira, autodeterminação dos povos e resolução pacífica de disputas". A Presidente mexicana realçou que, perante as disputas internacionais, o México prioriza os canais diplomáticos em detrimento do uso da força.
"Apelamos ao diálogo e à paz, não à intervenção, em qualquer disputa internacional", afirmou, destacando o papel do sistema multilateral e apelando à ONU para intervir politicamente para conter a escalada do conflito.
A Presidente mexicana afirmou ainda que, neste caso, esse papel ainda não se manifestou.
"Não a vimos", referiu a Presidente sobre a intervenção da ONU nesta disputa.
Trump ordenou na terça-feira "um bloqueio total e completo de todos os petroleiros sancionados que entrem e saiam da Venezuela", em mais um passo na crescente pressão de Washington sobre o Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Numa mensagem na rede Truth Social, Trump alertou que a Venezuela "está cercada" pela "maior armada alguma vez reunida na história da América do Sul" e enfatizou que a crise será sem precedentes até que "devolvam todo o petróleo, terras e outros bens que roubaram" aos Estados Unidos.
Na semana passada, o Comando Sul dos Estados Unidos, que desde setembro atacou mais de 30 embarcações alegadamente ligadas ao tráfico de droga nas Caraíbas e no Pacífico, expandiu as suas operações para águas internacionais ao apreender o petroleiro Skipper, que transportava petróleo venezuelano junto à costa do país e foi intercetado pelas forças norte-americanas nas Caraíbas sob ordem judicial.
Para a Venezuela, o anúncio de Trump na terça-feira foi uma "ameaça grotesca".
O Governo de Maduro afirmou que a Administração norte-americana "pretende impor, de forma absolutamente irracional, um alegado bloqueio naval militar" com o objetivo de "roubar a riqueza venezuelana".
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