.jpg)
Ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana visita Pequim esta semana
- 14/10/2025
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, afirmou que Pequim "defende sempre o desenvolvimento das relações sino-canadianas com base no respeito mútuo, igualdade e benefício recíproco".
"Com esta visita, a China espera reforçar a comunicação estratégica com o Canadá, aplicar os consensos alcançados pelos líderes de ambos os países e promover a melhoria contínua das relações bilaterais", declarou Lin em conferência de imprensa.
A visita decorre num contexto de tensão persistente entre os dois países, após vários episódios que deterioraram significativamente os laços diplomáticos nos últimos anos.
As relações entraram em crise em 2018, quando as autoridades canadianas detiveram em Vancouver, a pedido dos Estados Unidos, a diretora financeira da tecnológica chinesa Huawei, Meng Wanzhou. Em retaliação, Pequim prendeu dois cidadãos canadianos, Michael Spavor e Michael Kovrig, acusando-os de espionagem.
Os três foram libertados em setembro de 2021, na sequência de um acordo entre os governos da China, Canadá e Estados Unidos.
Em 2022, Ottawa endureceu a sua postura face a Pequim, classificando a China como uma potência "desestabilizadora". No ano seguinte, os serviços de inteligência canadianos acusaram o país asiático de interferência eleitoral, o que levou à expulsão de um diplomata chinês.
Em 2025, o Canadá impôs tarifas sobre veículos elétricos chineses, medida à qual Pequim respondeu com taxas sobre produtos canadianos. O Governo canadiano condenou também a execução na China de vários cidadãos canadianos condenados por crimes ligados ao tráfico de droga.
Leia Também: EUA alerta para ações coercivas da China após incidente com navio das Filipinas
