Moçambique. "Cabeças vão rolar" se corrupção continuar na polícia

  • 27/11/2025

Para o chefe de Estado, este é o momento de dizer "basta" aos "vícios que mancham" a Polícia da República de Moçambique (PRM), nomeadamente as fomentadas pelas práticas de corrupção.

 

Ao discursar na abertura do 35.º Conselho Coordenador do Ministério do Interior, em Maputo, Chapo criticou o "facto de todos os membros da PRM almejarem pertencer à Polícia de Trânsito e à Polícia de Fronteira, porque são ramos férteis para a prática de corrupção e enriquecimento ilícito".

"A prática dos membros da Polícia de Trânsito de entregarem envelopes aos comandantes, para que sejam escalados nas equipas de controlo de velocidade, assim como de controlo de álcool tem de ser expurgada", defendeu, dando como exemplo o "famoso xitiqui [pagamento] de 5.000 meticais [67,5 euros]", o qual é "fruto da corrupção, que é prática no seio da Polícia de Trânsito".

"É crime, meus senhores. Têm que acabar com isso", afirmou, classificado como "absurdo" estas práticas, e avisando: "Se isto continuar, algumas cabeças vão rolar".

"O nosso povo denunciou que alguns vícios que reinam na Polícia de Trânsito também fervilham na Polícia de Fronteira, até porque entregam-se envelopes aos comandantes" para os membros serem colocados nos principais nos postos fronteiriços, como no aeroporto de Maputo ou em Ressano Garcia.

"Alegadamente porque nestes postos os bolsos enchem com felicidades. É por este motivo que se diz que nestes postos são colocados os que pagam bem [aos comandantes]. Isto deve acabar. Maltratarmos um cidadão que entra no país num ponto de chegada, seja fronteira aérea, terrestre, não deve ser uma prática. O cidadão, seja ele nacional ou estrangeiro, ao chegar no país, ao sair do país, tem que sentir que a polícia é amigável, a migração é amigável, que lhe permite ter saudades e voltar o mais breve possível para este nosso belo Moçambique", afirmou.

Aludindo à reunião do Conselho Coordenador do Ministério do Interior, Chapo disse que o lema "não pode ser bonito somente nos papéis", mas que o povo "deve sentir o seu impacto em termos de segurança no seu dia-a-dia".

"Não adianta escrever lemas bonitos, enquanto nos bairros, nos postos de atendimento aos utentes, na via pública e nos postos fronteiriços continuarem a alimentar os vícios da corrupção que nós estamos determinados a combater, a derrotar e a enterrar", apontou.

O chefe de Estado apelou a que a reunião do Conselho Coordenador do Ministério do Interior deve, "igualmente, encontrar respostas para a polícia reconquistar a confiança e a amizade" do povo.

"A colaboração com as comunidades tem-se mostrado eficaz na luta contra o crime (...), a imigração ilegal, a corrupção e outros actos contrários à lei. Assim, desafiamos o vosso sector a aprimorar a ligação com as comunidades, não só para resgatar a confiança, mas também para melhorar os resultados operativos. Trabalhem com o povo, companheiros", concluiu.

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2895584/mocambique-cabecas-vao-rolar-se-corrupcao-continuar-na-policia#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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