Mulher despeja café na sarjeta e recebe multa de 172 euros em Londres
- 22/10/2025
Uma mulher foi multada em Londres, Inglaterra, por despejar café na sarjeta, no passado dia 10 de outubro. A coima foi de 150 libras, aproximadamente, 172 euros.
À BBC, Burcu Yesilyurt disse que achava que estava a agir “responsavelmente” ao deitar o café que restava no seu copo reutilizável no esgoto, antes de entrar no autocarro. Na sua visão, era melhor despejar o líquido do que levá-lo para o transporte e arriscar entornar café lá dentro.
“Eu vi o meu autocarro a aproximar-se e simplesmente deitei fora o resto [do café]. Não foi muito, só mesmo um bocadinho”, contou. “Assim que me virei, vi três homens, polícias, a virem atrás de mim, e eles pararam-me de imediato”, recordou a britânica.
Burcu pensou que fossem falar com ela sobre algum problema com o autocarro, reiterando que “não fazia a menor ideia” de que despejar líquido na sarjeta era ilegal: “Foi um choque”.
A medida, que ilegaliza este ato, visa proteger as águas locais de qualquer tipo de poluição.
A mulher questionou as autoridades se havia algum tipo de sinal, ou informação, perto do local a alertar os cidadãos para o crime, mas não recebeu resposta.
Dos polícias, obteve apenas a multa de 150 libras, que, no entanto, pode ser reduzida para 100, se for paga dentro de 14 dias.
Burcu perguntou, então, o que era suposto ter feito, ao que lhe foi respondido que devia ter despejado o líquido no caixote do lixo mais próximo.
O encontro foi “bastante intimidante”, disse a mulher, acrescentado que ficou meio “atordoada” depois, enquanto fazia o caminho para o trabalho.
Em resposta, um porta-voz do conselho municipal de Richmond (onde ocorreu o incidente), disse “não concordar que os agentes se comportaram de forma agressiva”.
“As imagens [de ‘bodycams’] confirmam que os polícias agiram profissionalmente e foram sensíveis às circunstâncias”, acrescentou. “Ninguém gosta de recebemos uma multa”, admitiu, “e nós tentamos sempre aplicar as nossas políticas de forma justa e com compreensão”.
Palavras com as quais Burcu discorda profundamente: “Isto é uma injustiça. Eu acho que a multa é um extremo, não é proporcional [ao crime]”.
A mulher ainda não pagou a multa e já apresentou uma queixa ao conselho municipal, pedindo ainda que a lei seja clarificada com sinais perto de caixotes do lixo e paragens de autocarro.
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