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Netanyahu diz em tribunal ser "quase impossível" ir três vezes por semana
- 26/11/2025
Netanyahu disse ao Tribunal Distrital de Jerusalém, onde decorre o julgamento, que fez "grandes esforços para poder comparecer" na audiência de hoje, segundo informações do jornal The Times of Israel.
Afirmou que a presença em tribunal implicou "adiar assuntos de vital importância sobre questões das quais a população não tem a mínima ideia".
"Não estou a exagerar minimamente, é simplesmente quase impossível", disse o primeiro-ministro em relação à visita aos tribunais, segundo o relato citado pela agência de notícias espanhola Europa Press (EP).
Em outubro, o tribunal decidiu que Netanyahu teria de comparecer pelo menos três vezes por semana, em vez de duas, para assim acelerar o julgamento, que começou em 2020 e não está previsto que termine antes de 2027.
Desde então, os advogados de Netanyahu têm apresentado diversos pedidos para justificar a ausência ou atrasar as declarações do primeiro-ministro, citando questões de saúde, segurança ou visitas diplomáticas.
Netanyahu está indiciado em três processos por vários crimes, incluindo o de fraude e aceitação de subornos, apesar de ter denunciado que tudo faz parte de uma perseguição política.
O líder do partido Likud (direita) conseguiu regressar ao poder para um sexto mandato já com os processos abertos, no final de 2022.
Também está acusado do uso indevido de poder para pressionar os meios de comunicação social para a divulgação de informação favorável ao Governo.
Um dos casos remonta a 2017, quando foi investigado por alegadamente ter sido subornado pelo empresário Arnon Mozes, dono do jornal Yedioth Ahronoth, para aprovar legislação que prejudicasse o rival Israel Hayom em troca de notícias favoráveis.
Benjamin Netanyahu, 76 anos, chefiou anteriormente o governo entre 1996 e 1999, e entre 2009 e 2021.
O antigo diplomata lidera atualmente uma coligação com partidos de extrema-direita e ultraortodoxos, num mandato marcado pelo ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em Israel em outubro de 2023, de que resultou a guerra em Gaza.
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