Observatório venezuelano denuncia aumento de "detenções" de mulheres
- 26/10/2025
"As detenções e perseguições por motivos políticos na Venezuela não cessaram. Pelo contrário, nos últimos meses intensificaram-se e o regime dirigiu a sua repressão contra famílias inteiras, sendo as principais vítimas mulheres e idosos", explica o observatório em comunicado.
Segundo o OVP, cerca de 150 mulheres, consideradas presas políticas, estão presas na Venezuela, das quais 30 foram detidas arbitrariamente em outubro, nove delas nos estados de Guárico, Lara, Mérida e Trujillo.
As detenções, alegou o observatório, "foram realizadas em condições totalmente irregulares, violando todas as garantias constitucionais e processuais", tendo o OVP documentado "casos em que as detidas foram retiradas de suas casas sem mandado judicial".
O OVP afirma ainda que "os familiares denunciam a falta de informação sobre o paradeiro das mulheres, audiências adiadas para além dos prazos legais e até casos de desaparecimento forçado", sublinhando que há casos em que até hoje é desconhecido o local onde permanecem detidas.
As detenções, segundo a organização, não são episódios "isolados, fazem parte de uma política sistemática de perseguição contra quem ouse discordar do poder" e "é extremamente alarmante a situação das mulheres idosas ou com hipertensão, doenças respiratórias, estomacais, entre outras, que permanecem detidas sem assistência médica ou avaliações especializadas e em condições sub-humanas de reclusão".
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, entre elas 161 mulheres, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na rede social X, a EJP afirmou que não ter informação oficial sobre o paradeiro de 176 pessoas detidas.
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