ONU apela aos talibãs para suspenderem proibição de trabalho de mulheres
- 08/12/2025
A ONU alerta que a medida compromete "serviços de ajuda essenciais" à população.
"Pedimos que a proibição de entrada de funcionárias afegãs da ONU e dos seus contratados nas instalações das Nações Unidas seja levantada, para que possam ter acesso seguro aos escritórios e ao trabalho de campo, e para que a ajuda chegue às mulheres e raparigas que mais precisam", disse a representante especial da ONU Mulheres no Afeganistão, Susan Ferguson.
A responsável afirmou que "é apenas graças a estas mulheres que a ONU consegue chegar às mulheres e raparigas" e sublinhou que a restrição "viola os princípios dos direitos humanos e da igualdade consagrados na Carta da ONU".
"Quanto mais tempo durarem estas restrições, maior será o risco que representam para os serviços essenciais de ajuda humanitária", acrescentou.
Desde que os talibãs assumiram o poder em 2021, as mulheres foram afastadas de várias profissões, proibidas de estudar após os 12 anos e de frequentar espaços públicos como parques e salões de beleza.
A agência France-Presse (AFP) tentou obter uma reação das autoridades talibãs, mas não obteve resposta imediata.
Nos últimos três meses, a ONU tem mantido o seu trabalho remotamente, apoiando vítimas dos sismos e migrantes deportados do Paquistão e do Irão.
Em meados de setembro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) foi obrigado a suspender a ajuda aos migrantes afegãos nos seus centros de distribuição de assistência financeira.
O ACNUR alegou que sem funcionários não é possível recolher informação sobre as mulheres, que representam 52% dos migrantes regressados ao país.
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