Opositora venezuelana denuncia ameaças de "execução" de presos políticos
- 25/12/2025
Numa mensagem na sua conta na rede social X, Machado afirma que aquelas ameaças são "feitas por agentes do aparelho repressivo do regime e constituem crimes contra a humanidade, graves violações do direito internacional humanitário e um risco iminente para a vida de pessoas que estão a ser mantidas reféns pelo Estado".
"Trata-se de atos diretos e repetidos de intimidação dirigidos a pessoas completamente indefesas, privadas da sua liberdade e sob custódia estatal", declara a ex-deputada, que responsabiliza o Governo venezuelano por "qualquer dano físico e psicológico que possa ocorrer" na sequência das referidas ameaças.
Neste contexto, a líder da oposição exige a "ação imediata" das organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, "incluindo mecanismos de proteção e verificação para evitar execuções extrajudiciais".
Machado insta ainda os "governos democráticos e aliados", sem precisar, a "ativarem medidas urgentes de pressão diplomática, monitorização internacional", bem como a emitirem "avisos formais para dissuadir o regime de levar avante estas ameaças".
"Solicitamos proteção imediata para os presos políticos, acesso a observadores independentes e garantias efetivas de vida e integridade pessoal. Vidas estão em risco", alerta.
A organização não-governamental Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) informou esta semana que, segundo depoimentos de familiares e presos políticos, os guardas prisionais de El Rodeo ameaçaram os reclusos de os usar como "escudos humanos" em caso de "uma possível intervenção dos Estados Unidos na Venezuela".
"É importante realçar que o uso sistemático do medo e da intimidação como mecanismos de controlo agrava o risco para o bem-estar físico e mental das pessoas privadas de liberdade", referiu a ONG.
As informações surgem quando é crescente a tensão devido à presença aérea e naval ordenada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, nas Caraíbas e no Pacífico Oriental e aos ataques a mais de 30 embarcações alegadamente ligados ao narcotráfico, que mataram uma centena de tripulantes.
A situação é vista pelo Governo do Presidente Nicolás Maduro como uma tentativa de mudança do regime venezuelano.
Maduro afirmou hoje que Caracas recebeu "apoio esmagador" do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), depois de a Rússia e a China terem criticado as ações dos Estados Unidos na reunião de emergência deste órgão, convocada pela Venezuela na sequência da apreensão de petroleiros venezuelanos.
Leia Também: María Corina Machado sai de Oslo sem divulgar destino





.jpg)






















































