Palestiniano abusado em prisão já está em Gaza, garante Israel

  • 04/11/2025

"De acordo com a documentação no sistema informático, o detido foi deportado a 13 de outubro de 2025 para a Faixa de Gaza por motivos de segurança", avançou.

 

"Após recebermos a denúncia [dos abusos], procedemos à verificação e confirmámos que, de facto, o detido já não se encontra sob custódia das autoridades israelitas", acrescentou a mesma autoridade.

A organização radical Honenu, liderada por colonos e que representa dois dos cinco acusados, exigiu já, numa carta enviada ao Ministério Público Militar, a "retirada imediata das acusações" contra os seus clientes.

Os militares foram acusados na sequência da divulgação, feita no ano passado pela televisão Canal 12, de um vídeo na prisão de Sde Teiman, onde cinco soldados levam um detido para um canto, cercam-o com escudos antimotim - para obstruir a visão - enquanto o sodomizam com um objeto pontiagudo.

O preso palestiniano "deu entrada no hospital em perigo de vida, com ferimentos na parte superior do corpo e um ferimento grave no reto", disse então a organização não-governamental israelita Médicos pelos Direitos Humanos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, classificou a divulgação do vídeo como "o ataque de propaganda mais grave" contra o Estado de Israel desde a fundação e exigiu uma "investigação independente e imparcial" não sobre os alegados abusos cometidos, mas sobre a forma como a fuga de informação aconteceu.

Na sexta-feira, a ex-chefe jurídica do exército Yifat Tomer-Yerushalmi admitiu ter enviado o vídeo à imprensa. Em seguida, demitiu-se e desapareceu, deixando uma carta de suicídio.

Yifat Tomer-Yerushalmi foi encontrada no domingo, depois de a polícia ter localizado o veículo numa praia a norte de Telavive, e foi detida hoje.

Também o ex-procurador-chefe do exército Matan Solomosh foi detido e, segundo os meios de comunicação locais, os dois vão ser presentes ao Tribunal de Magistrados de Telavive para um prolongamento da prisão preventiva.

Um procurador militar é responsável por processar e investigar violações do Direito Internacional dentro das Forças Armadas israelitas e, de acordo com informações recolhidas, Yifat Tomer-Yerushalmi tomou a decisão de abandonar o cargo para combater ingerências (lideradas por ministros de extrema-direita, jornalistas e figuras políticas israelitas) que visavam impedir a Procuradoria Militar de investigar a prisão de Sde Teiman.

O ministro da Justiça, Yariv Levin, tem tentado impedir a Procuradora-Geral de Israel, Gali Baharav-Miara, que Netanyahu quer demitir pelas muitas decisões contrárias às políticas do governo, de liderar a investigação, mas esta garantiu que o ministério "não tem autoridade" para a vetar.

O centro de detenção de Sde Teiman foi estabelecido numa base militar para presos palestinianos e ali se encontram muitos detidos desde o início da guerra de Gaza desencadeada pelo ataque do Hamas contra território israelita, a 07 de outubro de 2023.

Em julho de 2024, o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, publicou um relatório afirmando que, desde o ataque de outubro de 2023, vários cidadãos palestinianos foram "presos secretamente" e, em alguns casos, sujeitos a torturas.

Leia Também: Israel entrega 45 corpos de palestinianos ao Hamas

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2881863/palestiniano-abusado-em-prisao-ja-esta-em-gaza-israel#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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