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Paquistão detém porta-voz do grupo terrorista Estado Islâmico
- 19/12/2025
Num documento submetido ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e hoje publicado, afirma-se que a capacidade operacional do grupo foi prejudicada devido à detenção de vários de seus altos funcionários no Paquistão, incluindo o porta-voz, Sultan Aziz Azam, a que terá ocorrido em maio, perto da fronteira com o Afeganistão.
A agência de notícias estatal paquistanesa, APP, informou que Azam foi preso pelos serviços de inteligência numa operação perto da fronteira, área onde há registo de operações do Estado-Islâmico e do Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), o ramo paquistanês dos fundamentalistas islâmicos.
O relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sublinha que, "no geral, as capacidades do ISKP foram reduzidas, em resultado das operações antiterroristas das autoridades de facto (do Afeganistão, referindo-se ao regime talibã, que assumiu o poder no país da Ásia Central, em agosto de 2021, após retirada das tropas norte-americanas) e do Paquistão".
"Em conjunto, esses esforços minaram a capacidade do grupo de se organizar e realizar ataques de grande repercussão em ambos os lados da fronteira", lê-se no documento, que afirma ainda que essas atividades no Afeganistão e no Paquistão "frustraram diversos ataques planeados".
O relatório da ONU também aponta que "a produção de propaganda do ISKP em alguns idiomas foi afetada", incluindo a suspensão por vários meses de "A Voz do Khorasan", o "seu principal órgão de propaganda, em Inglês", que atribui à "pressão" das operações antiterroristas, e à prisão, este ano, de Ozgur Altun, "figura-chave na logística e nas operações de média do grupo", numa operação conjunta de forças turcas e paquistanesas.
O ISKP reivindicou a autoria de diversos ataques no Afeganistão, Paquistão e outros países nos últimos anos, incluindo o de março de 2014 numa casa de espetáculos, em Moscovo, que matou 140 pessoas.
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