Parlamento Europeu pede que UE e CELAC reforcem cooperação
- 07/11/2025
"A UE, a América Latina e as Caraíbas devem reforçar a cooperação birregional e concluir os acordos comerciais para fazer face à crescente instabilidade global", referiu a assembleia europeia, dias antes de uma cimeira UE-CELAC em Santa Marta, na Colômbia.
O encontro de alto nível -- que está a ser marcado por uma baixa participação devido ao contexto geopolítico, dadas as tensões diplomáticas dos Estados Unidos com a Colômbia e também com a Venezuela -- deve servir, segundo o Parlamento Europeu, para o "reforço da relação estratégica com uma agenda comum centrada na democracia, na segurança e no desenvolvimento sustentável".
Além disso, os eurodeputados pedem "uma rápida ratificação do acordo de associação UE-Mercosul [países do Mercado Comum do Sul] e da modernização do acordo global com o México" como instrumentos para estreitar laços num contexto de crescente instabilidade política.
A 4.ª cimeira UE-CELAC vai juntar, no domingo e segunda-feira, líderes europeus, latino-americanos e caribenhos com o objetivo de reforçar as relações entre ambas as regiões, neste formato que é o principal fórum de diálogo e cooperação entre os blocos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, justificou a ausência da cimeira UE-CELAC com a "agenda política europeia" e a "baixa participação" de líderes.
Von der Leyen será substituída na ocasião pela chefe da diplomacia comunitária, Kaja Kallas, que estará acompanhada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa.
António Costa irá copresidir à cimeira com o Presidente colombiano, Gustavo Petro.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, também não participam na cimeira.
De momento, registam-se tensões diplomáticas entre Bogotá e Washington depois de os Estados Unidos terem aplicado sanções a Gustavo Petro e de o terem acusado de colaborar com o narcotráfico.
A Colômbia, por seu lado, condena os bombardeamentos norte-americanos de embarcações suspeitas de narcotráfico e classifica-os como assassinatos, recusando extraditar suspeitos sem garantias de paz.
A administração norte-americana de Donald Trump também impôs duras sanções económicas e diplomáticas contra o regime venezuelano de Nicolás Maduro, acusando-o de violar os direitos humanos e de manipular processos eleitorais.
A Venezuela denunciou as ações de Washington como uma tentativa de ingerência externa e de desestabilização política.
É esperado que, no final da cimeira, seja divulgada uma declaração política.
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