Partido Comunista Chinês expulsa ex-responsável de regulador da bolsa
- 24/11/2025
Wang cometeu várias infrações, incluindo abuso de poder, aceitação de subornos e uso de influência para favorecer terceiros em processos como ofertas públicas de venda e promoções profissionais, de acordo com comunicados publicados pela Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCDI, na sigla em inglês), o principal órgão anticorrupção interno do PCC, e pela Comissão Nacional de Supervisão, o equivalente estatal.
A investigação concluiu que Wang, também antigo chefe da equipa de inspeção do órgão anticorrupção da Comissão Reguladora do Mercado de Valores da China, "perdeu os seus ideais", "traiu a sua missão original" e desviou-se das diretrizes centrais do partido.
O comunicado sublinha que o ex-funcionário "violou a disciplina enquanto a fazia cumprir" e "violou a lei enquanto a aplicava", expressões com as quais a CCDI descreve como especialmente graves estes comportamentos, num cargo responsável pela supervisão da integridade interna do regulador do mercado bolsista.
Wang, que também é acusado de manter uma "conduta familiar inadequada" ao não controlar os familiares, teria continuado a aceitar benefícios ilícitos mesmo após o XVIII Congresso do PCC, realizado em 2012, apesar das repetidas advertências da liderança central.
O caso foi encaminhado para o Ministério Público para um eventual processo criminal.
A campanha anticorrupção no sistema financeiro ocorre depois de o Presidente chinês e secretário-geral do PCC, Xi Jinping, afirmar que o país deve tornar-se uma "superpotência financeira" diante do risco de "dissociação" com os Estados Unidos.
Wang Huimin junta-se assim à lista de altos cargos do setor financeiro investigados nos últimos meses.
Só no último ano, as autoridades investigaram dezenas de altos funcionários, entre eles Yi Huiman, presidente da autoridade reguladora do mercado bolsista entre 2019 e 2024, também acusado de infrações disciplinares, bem como Xu Xianping, ex-vice-ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, e Wang Jianjun, ex-vice-presidente da Comissão Reguladora do Mercado de Valores, ambos recentemente expulsos do PCC por corrupção.
Após a chegada ao poder em 2012, Xi iniciou uma campanha anticorrupção no âmbito da qual vários altos funcionários chineses foram condenados por supostamente aceitarem subornos milionários.
Nos últimos meses, a campanha estendeu-se a setores como o farmacêutico, finanças, tabaco, energia e desporto.
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