"Peço a Deus que a traga aqui hoje", apela mãe de Corina Machado
- 09/12/2025
Maria Corina Machado é esperada esta terça-feira numa conferência de imprensa relacionada com o Prémio Nobel da Paz com o qual foi galardoada este ano.
A mãe da ativista encontra-se no hotel onde esta é esperada e revelou aos jornalistas que Corina ainda estará "na Venezuela" e que espera que esta "arranje forma de sair do país".
"Aquilo que sabemos é que está na Venezuela. Peço a Deus que a traga aqui hoje, estamos todos à sua espera", afirmou, acrescentando ainda que está a "rezar para que tenha encontrado maneira de sair".
Segundo a mesma "a situação [no país] é espantosa", sendo que ninguém "imagina" aquilo que se passa.
"Este governo é verdadeiramente tirano", acusou, dando conta de que também ela e as outras filhas tiveram de fugir do país, dado que "todas estavam ameaçadas" e a ser "perseguidas".
A conferência de imprensa estava marcada para as 13h00 em Oslo (12h00 em Lisboa) mas foi entretanto adiada, embora se espere que se realize ainda hoje, anunciou o porta-voz do Instituto Nobel.
"A conferência de imprensa com a laureada com o Prémio Nobel da Paz [deste ano], Maria Corina Machado, prevista para hoje no Instituto Nobel norueguês, será adiada", indicou o instituto, numa mensagem aos meios de comunicação social.
"Tudo indica que conseguiremos organizar uma conferência de imprensa ainda hoje", acrescentou à Agência France Presse (AFP) o porta-voz do Instituto Nobel, Erik Aasheim, num contexto de dúvidas sobre a possibilidade de Machado, que vive escondida no seu país, receber pessoalmente o seu Nobel, entregue formalmente na quarta-feira na capital norueguesa.
Corina Machado, de 58 anos, foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz em 10 de outubro pela sua luta pela transição democrática na Venezuela.
No sábado, a líder da oposição venezuelana confirmou que ia viajar para Oslo para receber o prémio.
"Conversei com a senhora Machado ontem [sexta-feira] à noite e ela confirmou que estará em Oslo para a cerimónia", disse Kristian Berg Harpviken à agência France-Presse (AFP).
E acrescentou: "Dada a situação de segurança, não podemos dizer mais nada sobre a data e como chegará".





.jpg)























































