Pequim confirma reunião entre Xi Jinping e Trump na Coreia do Sul
- 29/10/2025
Embora Washington já tivesse confirmado a reunião - com Trump já presente na Coreia do Sul esta quarta-feira - Pequim manteve o silêncio até agora, naquela que será a primeira reunião entre os dois líderes desde o regresso do republicano à Casa Branca, em janeiro passado.
O encontro decorrerá à margem da cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) e deverá abordar temas como a guerra comercial, a aplicação TikTok, a questão de Taiwan e o combate ao tráfico de fentanil.
Nos últimos dias, ambos os lados sinalizaram uma vontade de compromisso. Trump manifestou confiança num "acordo comercial bom para ambos" e admitiu baixar tarifas à China em troca de maior cooperação no combate ao fentanil, droga responsável por uma crise de saúde pública nos EUA. Também se mostrou evasivo quanto à possibilidade de discutir Taiwan com Xi, afirmando: "Taiwan é Taiwan".
A reunião segue-se a negociações técnicas realizadas em Kuala Lumpur, nas quais Washington e Pequim alcançaram um "acordo preliminar" para aliviar disputas comerciais, incluindo os controlos chineses às exportações de terras raras e as tarifas norte-americanas sobre produtos chineses.
Na terça-feira, o Comité Central do Partido Comunista Chinês publicou novas diretrizes estratégicas que apelam a uma mobilização nacional para alcançar "avanços decisivos" em tecnologias-chave como semicondutores, ferramentas de precisão, software básico, inteligência artificial e energia de fusão, no âmbito do plano quinquenal 2026-2030.
No plano diplomático, a tensão em torno de Taiwan ganhou novo fôlego antes da cimeira. Pequim reiterou que "nunca renunciará ao uso da força" para alcançar a reunificação, enquanto o Presidente taiwanês, William Lai, afirmou que "só a paz através da força" pode garantir a estabilidade regional e apelou a uma oposição mais firme à "anexação" chinesa.
Nos últimos dias, a China intensificou também a atividade militar em torno da ilha, com dezenas de aviões de combate a cruzarem a linha média do Estreito de Taiwan.
Taipé considerou estas ações como tentativas de intimidação e manipulação cognitiva.
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