Polícia de Hong Kong detém 80 pessoas em caso de fraude com criptomoedas
- 06/11/2025
A polícia está a investigar desde setembro de 2023 a JPEX, que o regulador de valores mobiliários da região chinesa acusou de atividades suspeitas e de promover produtos sem licença.
Desde então, 80 pessoas foram detidas, 16 das quais já foram acusadas de crimes como "conspiração para cometer fraude", indicou na quarta-feira a polícia, acrescentando que as outras continuam a ser alvo de investigação.
Este é o maior caso de fraude em Hong Kong em termos de número de vítimas e montante das perdas sofridas nos últimos anos, notaram as autoridades policiais, em conferência de imprensa.
A polícia referiu a primeira utilização das regras introduzidas por Hong Kong em 2023 para processar crimes relacionados com o incentivo fraudulento ao investimento em ativos virtuais.
Mais de 2.700 denúncias relacionadas ao caso foram recebidas pela polícia, envolvendo um valor total de 1,6 mil milhões de dólares de Hong Kong (178 milhões de euros).
A polícia classificou o caso como "muito complexo" e identificou pelo menos 14 pessoas-chave.
Uma dessas pessoas e ainda dois cérebros encontravam-se no estrangeiro, precisou a polícia, acrescentando que foram emitidos mandados de captura pela Interpol.
A polícia congelou ativos no valor de mais de 200 milhões de dólares de Hong Kong (22 milhões de euros) pertencentes aos suspeitos.
Questionado pela agência de notícias France-Presse, o superintendente-chefe da luta contra o crime, Ernest Wong, afirmou que as autoridades policiais "continuarão a investigação" e "não podem excluir a possibilidade de acusar ou deter mais pessoas no futuro".
A JPEX utilizou campanhas publicitárias a promover altos rendimentos e baixos riscos, além de ter promovido influenciadores 'online' para incentivar os investidores a depositar fundos, de acordo com a polícia.
O grupo transferia os ativos e branqueava-os através de carteiras de criptomoedas.
Entre as pessoas detidas encontram-se influenciadores das redes sociais que ajudaram na promoção e titulares de contas bancárias fictícias.
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