Polónia acusa Rússia de "terrorismo de Estado" após incursões de drones
- 05/12/2025
A acusação foi feita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Radoslaw Sikorski, à margem da reunião anual do Conselho Ministerial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que decorre em Viena até sexta-feira, segundo a agência espanhola EFE.
Sikorski defendeu que estes episódios demonstram uma escalada de agressividade por parte da Rússia, que, no seu entender, está a transitar "da democracia para a autocracia e da coexistência para a agressão".
O chefe da diplomacia polaca recordou que a OSCE foi fundada em 1975, durante a Guerra Fria, num momento em que o bloco soviético "se afastava do fervor revolucionário" e caminhava para formas de diálogo político.
Durante um encontro com jornalistas, Sikorski exibiu fotografias dos drones que, segundo Varsóvia, violaram o espaço aéreo polaco, insistindo que Moscovo procura desestabilizar a região.
O ministro afirmou ainda que, tal como no passado, a Rússia sabe que "não consegue superar os gastos do Ocidente em defesa", razão pela qual poderia beneficiar de medidas de controlo de armamento e de reforço da confiança.
A par destes incidentes relatados por Radoslaw Sikorski, o Governo polaco apontou em novembro o envolvimento dos serviços secretos russos na explosão de uma linha ferroviária no sudeste da Polónia usada para transportar ajuda e armamento para a Ucrânia.
Na quarta-feira, durante uma cimeira do Grupo de Visegrado, na Hungria, o Presidente polaco denunciou que a Rússia está a conduzir uma "guerra híbrida" na Europa, afirmando que apenas uma forte presença dos Estados Unidos pode garantir a defesa do continente.
Após o encontro dos chefes de Estado dos quatro países do Grupo de Visegrado - Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia -, Karol Nawrocki afirmou que Moscovo está a atacar infraestruturas e a operar através dos seus serviços de informações no território polaco (vizinho da Ucrânia) e no resto da Europa.
Na mesma ocasião, o Presidente polaco acrescentou que, perante esta ameaça, apenas um reforço da presença norte-americana pode garantir uma proteção adequada face às ações russas.
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