Presidente de Cuba pede respeito por medidas para evitar mortes e danos

  • 29/10/2025

"Sabemos que os danos que este furacão vai causar serão muitos, mas teremos a capacidade de nos recuperarmos na produção de alimentos, na recuperação das habitações e também na recuperação da economia", disse o chefe de estado cubano numa mensagem difundida na televisão estatal.

 

O potente furacão, de categoria 5 (máximo) na escala de Saffir-Simpson, entrou em terra hoje na Jamaica, com ventos máximos sustentados de cerca de 295 quilómetros por hora, chuvas torrenciais e marés ciclónicas, que ameaçam provocar inundações e danos catastróficos, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.

Em Cuba, espera-se que o Melissa atinja o território na madrugada de quarta-feira no extremo oriental da ilha.

Por isso, Díaz-Canel sugeriu na sua mensagem que "ninguém se aventure a tomar banho nos rios alagados, que ninguém regresse para as suas casas [de onde foram retirados], enquanto ainda não tenham sido dadas indicações de regresso ou de passar para a fase de recuperação em cada um dos territórios".

Além disso, apelou à organização para a recuperação após a passagem do furacão "no menor tempo possível", e insistiu na "magnitude" do furacão e na "necessária compreensão" das pessoas.

A proteção civil e as autoridades locais anunciaram, desde o fim de semana passado, um série de medidas de prevenção como a suspensão das aulas e dos torneios nacionais, e ordenaram a retirada de quase 650.000 pessoas de províncias do leste do país.

Desde segunda-feira, as regiões de Guantánamo, Santiago de Cuba, Holguín, Granma, Las Tunas e Camagüey (todas no leste) estão em fase de "alarme"; enquanto as províncias centrais de Ciego de Ávila e Sancti Spíritus passaram para a fase de "alerta ciclónico".

O previsível flagelo do Melissa em Cuba tem como antecedente mais próximo a tempestade tropical Imelda, que, no final de setembro também atingiu a sua região oriental com chuvas fortes, causando duas mortes, milhares de deslocados, inundações, deslizamentos de terras, cheias de rios e destruição de habitações, entre outros danos.

O último furacão de categoria 5 a atingir a ilha foi o Irma, em 2017, de acordo com os registos oficiais.

Cuba prepara-se para a chegada do poderoso furacão Melissa num dos piores momentos em décadas, com uma profunda crise económica, energética e sanitária.

O país vive há mais de cinco anos em recessão económica, com elevada inflação, escassez de bens essenciais (alimentos, combustível e medicamentos), forte perda do poder de compra dos funcionários públicos e pensionistas, crescente dolarização, desvalorização do peso no mercado informal e migração em massa.

A isto soma-se a crise energética. As frequentes avarias das suas obsoletas centrais termoelétricas e a falta de divisas para importar combustível provocam, há meses, cortes de eletricidade de mais de 20 horas por dia em vastas zonas do país.

Presume-se que este furacão danificará o Sistema Elétrico Nacional (SEN) e teme-se que, como aconteceu com a passagem de Ian (2022) e Rafael (2024), ocorra um apagão nacional do qual a ilha demore vários dias a recuperar.

Por último, Cuba encontra-se cada vez mais visivelmente mergulhada numa crise sanitária, face ao descontrolado aumento dos casos de dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, que estão a sobrecarregar as capacidades hospitalares em algumas regiões.

As autoridades cubanas alertaram para o risco de vida com o Melissa, pela probabilidade de inundações súbitas, invasão do mar em zonas costeiras baixas, desmoronamentos e até rompimentos de barragens.

Além disso, em toda a região oriental foi paralisado o transporte público terrestre, marítimo e aéreo; a atividade docente foi suspensa.

Duas das sete centrais termoelétricas do país, a espinha dorsal do sistema elétrico, já foram paradas por segurança, por se encontrarem na trajetória do Melissa e poderem sofrer danos.  

O furacão que mais devastou Cuba foi Irma em 2017, que deixou 10 mortos e danos de cerca de 13.000 milhões de dólares (11.147 milhões de euros).

Leia Também: Um dos "principais traficantes de fentanil do México" detido em Cuba

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2878615/presidente-de-cuba-pede-respeito-por-medidas-para-evitar-mortes-e-danos#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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