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Proprietário acusado de homicídio de empregada que bateu na porta errada
- 18/11/2025
Curt Anderson pode enfrentar entre 10 a 30 anos de prisão se for condenado, além de uma multa de 10.000 dólares.
Guy Relford, advogado do proprietário, não respondeu a uma mensagem de voz enviada pela agência de notícias Associated Press, a pedir comentários sobre a situação antes da decisão de acusação.
As autoridades encontraram Maria Florinda Rios Perez De Velasquez, de 32 anos, morta no alpendre da frente de uma casa em Whitestown, um subúrbio de Indianapolis, a 05 de novembro.
Segundo as autoridades, a imigrante da Guatemala fazia parte de uma equipa de limpeza, que tinha ido à casa errada.
O marido contou aos meios de comunicação que estava com ela no alpendre da casa, quando alguém disparou através da porta da frente. O conjugue da vítima não percebeu de imediato que ela tinha sido atingida até ela cair nos seus braços, a sangrar.
Indiana é um dos 31 estados da Índia com uma lei de defesa da propriedade que permite aos proprietários usar força letal para impedir alguém que acreditam estar a tentar entrar ilegalmente na sua residência.
Mas a polícia disse que não há provas de que a mulher tenha entrado na casa antes de ser baleada.
O caso recorda um outro, semelhante, em Missouri, em 2023, quando um homem de 86 anos disparou contra Ralph Yarl depois de o adolescente negro, de 16 anos, ter ido à porta dele por engano.
Missouri tem uma lei semelhante de defesa da propriedade, mas os procuradores acusaram o atirador, Andrew Lester, de agressão de primeiro grau e ação criminosa armada, e este acabou por se declarar culpado de agressão de segundo grau e não foi a julgamento.
Em Nova Iorque, que não tem uma lei de defesa da propriedade, um homem foi condenado em 2024 por homicídio de segundo grau por ter morto a tiro uma mulher dentro de um carro que tinha descido a entrada da sua casa rural, por engano.
Jody Madeira, professora de Direito da Universidade de Indiana especializada em direitos de posse de armas, disse, na semana passada, que o caso Rios foi "horrível" e "excecionalmente incomum".
Para o atirador obter imunidade pela lei de defesa do seu local, considerou, teria de provar que pensava estar em perigo iminente e que qualquer outra pessoa razoável sentiria o mesmo nesta situação.
Em geral, o público pode aceder legalmente à propriedade privada --- incluindo o alpendre da frente --- para um propósito legítimo, até que lhe seja pedido para sair, afirmou Madeira.
Por exemplo, um proprietário não pode legalmente disparar contra uma pessoas que vai entregar uma pizza ou um condutor da Amazon apenas por pisar a sua propriedade, concluiu.
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