Rússia acusa países europeus de minar esforços para acabar com a guerra

  • 05/12/2025

"A perspetiva de um acordo político-diplomático é vista como uma ameaça para o Ocidente", disse o representante russo, durante um discurso perante o Conselho Ministerial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), a decorrer em Viena, Áustria.

 

Alexander Grushko afirmou que a Rússia - que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e tem vindo a intensificar os ataques nos últimos meses --- enfrenta "uma guerra híbrida" conduzida pelas autoridades ucranianas e acusou a própria OSCE de ser uma "ferramenta de guerra híbrida e de coerção".

"A linha do Ocidente consiste hoje em tentar preservar uma influência esmagadora não só a nível regional, mas também global", prosseguiu o representante russo, de acordo com a tradução para inglês da sua intervenção, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

No discurso, o vice-ministro russo apontou as críticas ao Ocidente, nomeadamente aos países da União Europeia (UE), em particular às repúblicas bálticas, mas não mencionou explicitamente os Estados Unidos, cujo Presidente, Donald Trump, tenta chegar a um acordo com o homólogo russo, Vladimir Putin, para pôr fim à guerra na Ucrânia.

"O Mar Báltico, o Mar Negro e o Ártico foram transformados pela UE e pela NATO em zonas de confronto e não há sinais de que estes grupos estejam preparados para uma desaceleração e para regressar a uma coexistência pacífica", afirmou Grushko.

"Pelo contrário, vemos uma preparação deliberada da economia, da sociedade e do planeamento militar para um confronto armado inevitável com a Rússia, declarada uma ameaça a longo prazo e da qual, obsessivamente, se diz que tem planos absurdos para atacar a NATO", acrescentou.

Os Estados Unidos (EUA), por sua vez, evitaram criticar a Rússia durante o Conselho Ministerial da OSCE, ao contrário da grande maioria dos países europeus e do Canadá, e centraram a sua intervenção em exigir cortes orçamentais e abandonar o que classificaram como políticas ideológicas, como condição para manter o seu compromisso com a organização.

O chefe da delegação norte-americana, Brendan Hanrahan, disse que os EUA continuam comprometidos com a OSCE porque acreditam que "se for devidamente reformada", a organização "ainda pode desempenhar um papel importante" num momento em que Donald Trump "trabalha para restaurar a paz na Europa".

O enviado da Casa Branca afirmou que "a OSCE está à deriva" e que bastava "olhar para o seu próprio site" para ver "página após página de prioridades", muitas das quais descreveu como um "catálogo de projetos ideológicos" que muitas das sociedades rejeitaram, citando políticas de asilo ou "esforços equivocados para eliminar os combustíveis fósseis".

Hanrahan afirmou que a OSCE não conseguiu impedir "a guerra mais sangrenta desde a Segunda Guerra Mundial" entre dois dos seus Estados participantes, a Rússia e a Ucrânia.

Este ano, não participam no encontro os chefes da diplomacia dos Estados Unidos e da Rússia, Marco Rubio e Serguei Lavrov, respetivamente.

Os princípios da OSCE incluem a integridade territorial dos países e o respeito pela soberania dos países, bem como a abstenção do uso da força e da intervenção nos assuntos internos dos Estados, entre outros.

Os representantes dos 57 Estados da OSCE realizam entre hoje e sexta-feira o seu Conselho Ministerial anual, centrado, como nos últimos anos, na agressão russa à Ucrânia.

Leia Também: Costa falou com Zelensky e advertiu líderes de que têm de decidir apoio

 

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2899605/russia-acusa-paises-europeus-de-minar-esforcos-para-acabar-com-a-guerra#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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