"Só com Expresso, Balsemão teria assegurado lugar na história portuguesa"
- 22/10/2025
Contactados pela Lusa, António e Hanna Damásio manifestaram a sua tristeza pela sua morte, de quem eram amigos.
"Se nada mais tivesse feito do que inventar o Expresso, Francisco Pinto Balsemão teria assegurado o seu lugar na história da vida portuguesa", afirmam os neurocientistas.
"Mas uma tal garantia em nada reduz a profunda tristeza com que a morte do nosso amigo Francisco nos abala", afirmam.
Balsemão foi uma personalidade incontornável da história dos media em Portugal, um jornalista que nunca deixou de ser político, tendo como fio condutor a luta pela liberdade de expressão e o direito a informar.
Fundador do semanário Expresso, ainda durante a ditadura (1973), e da SIC, a primeira televisão privada em Portugal, morreu na terça-feira aos 88 anos, de causas naturais.
Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata PSD. Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1981 e 1983, e foi, até agora, membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.
A notícia da morte do militante número um do PSD foi transmitida pelo presidente social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante uma reunião do conselho nacional do partido, em Lisboa.
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