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Starmer saúda "progressos significativos" nas conversações em Genebra
- 25/11/2025
"O primeiro-ministro congratula-se naturalmente com os progressos significativos registados nas reuniões de ontem [domingo] entre os Estados Unidos e a Ucrânia", declarou o porta-voz numa conferência de imprensa, admitindo, porém, que persistem "questões por resolver" e o trabalho sobre o plano de paz norte-americano irá prosseguir "nos próximos dias e semanas".
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, anunciou hoje "progressos significativos" nas negociações sobre um plano de paz para a Ucrânia e sublinhou que decisões como sanções, alargamento e congelamento de ativos têm de passar pela União Europeia (UE).
"A reunião de ontem, [domingo] em Genebra, entre os Estados Unidos, Ucrânia, instituições da União Europeia e seus representantes, ficou marcada por progressos significativos", disse António Costa, em declarações à margem da cimeira UE-África, a decorrer em Luanda, Angola.
No domingo, Washington e Kyiv declararam que, na sequência das conversações mantidas em Genebra, "desenvolveram um quadro de paz atualizado e aperfeiçoado", depois de reafirmarem que "qualquer acordo futuro deve respeitar plenamente a soberania da Ucrânia".
Num comunicado conjunto, divulgado pela Casa Branca (presidência norte-americana), refere-se que as conversações sobre o plano de paz proposto por Washington para selar a paz entre a Ucrânia e a Rússia foram "construtivas, focadas e respeitosas", além de produtivas, uma vez que "mostraram progressos significativos na harmonização de posições e na identificação de próximos passos claros".
O diálogo mantido em Genebra reafirmou "que qualquer acordo futuro deve respeitar plenamente a soberania da Ucrânia e alcançar uma paz justa e sustentável", indicaram as duas partes.
"Como resultado das conversações, as partes desenvolveram um quadro de paz atualizado e aperfeiçoado. (...) A delegação ucraniana reafirmou a sua gratidão pelo forte compromisso dos Estados Unidos e pessoalmente do Presidente Donald Trump pelos esforços incansáveis para acabar com a guerra e a perda de vidas", mencionou o comunicado.
O texto insiste que, tal como os representantes de ambos os países afirmaram no domingo, a aprovação final do novo roteiro para a paz na Ucrânia depende dos presidentes de ambas as nações, que vão continuar a "trabalhar intensamente em propostas conjuntas nos próximos dias" e a manter-se "em estreito contacto com os parceiros europeus à medida que o processo avança".
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez no domingo uma avaliação positiva das reuniões de Genebra e afirmou, numa linguagem mais cautelosa do que no comunicado conjunto, que as alterações ao plano de paz tinham sido feitas segundo a posição ucraniana.
Muitos especialistas criticaram o plano de 28 pontos inicialmente apresentado por Washington - ao qual Trump também associou um ultimato, que expira na quinta-feira - e argumentaram que é muito favorável às exigências russas, uma vez que inclui medidas como a cedência de território a Moscovo, uma redução do exército e a renúncia de adesão à NATO.
Trump admitiu entretanto poder alargar o prazo dado a Kyiv.
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