Supremo de Israel ordena medidas contra ultraortodoxos que negam exército
- 20/11/2025
O tribunal ordenou também ao Estado que formule sanções económicas e civis eficazes num prazo de 45 dias contra os que evadem o serviço militar, segundo a sentença citada pela agência de notícias espanhola EFE.
Advertiu ainda que o Estado não pode continuar a conceder benefícios "direta ou indiretamente" aos estudantes das escolas talmúdicas se isso lhes servir para evitar o serviço militar.
A decisão do tribunal responde a um recurso interposto pelo grupo pró-democracia Movimento por um Governo de Qualidade em Israel.
Em comunicado, o movimento congratulou-se com a decisão e exortou o Governo a adotar de imediato a sentença "com firmeza" em matéria penal e económica.
"Num momento em que as Forças de Defesa de Israel precisam urgentemente de 12.000 soldados adicionais e a reserva se encontra no limite da capacidade, a época em que era possível enganar, ganhar tempo e defraudar repetidamente a cidadania e o sistema judicial acabou", afirmou.
A fação Degel HaTorah do partido Judaísmo Unido da Tora anunciou hoje que a liderança rabínica deu luz verde aos seus quatro deputados, após se ter oposto anteriormente, para que apoiem a mais recente proposta do projeto de lei sobre serviço militar.
A proposta, do partido Likud do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, é mais flexível e prevê sanções mais leves para os ultraortodoxos que não cumprirem a lei de recrutamento, o que foi denunciado pelo líder da oposição, Yair Lapid.
"Se há algo que confirma definitivamente que o que foi apresentado ao Knesset [parlamento] é uma lei para evadir o serviço militar em toda a regra é a aprovação dos rabinos", declarou hoje Lapid perante os deputados.
Em junho de 2024, o Supremo Tribunal decidiu por unanimidade o fim da isenção militar para jovens judeus ultraortodoxos.
A medida quase não teve um impacto significativo num setor da população que não para de crescer, dedica a vida à oração e não quer interagir com soldados num ambiente menos religioso, segundo a EFE.
Cerca de 80.000 homens ultraortodoxos com idades entre 18 e 24 anos serão atualmente elegíveis para o serviço militar, mas não se alistaram, de acordo com o jornal The Times of Israel.
O exército israelita anunciou que precisa urgentemente de 12.000 recrutas devido à pressão sobre as forças permanentes e de reserva causada pela guerra contra o grupo radical palestiniano Hamas em Gaza e outros desafios militares.
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