Sydney apresenta leis sobre posse de armas (uma semana após ataque)
- 22/12/2025
Os dois agressores, Sajid Akram, 50 anos, um indiano que entrou na Austrália com um visto em 1998, e seu filho Naveed Akram, nascido no país há 24 anos, abriram fogo no domingo, 14 de dezembro, sobre os participantes na festa judaica de Hanukkah na praia de Bondi, nos arredores de Sydney.
O governo de Nova Gales do Sul, o estado australiano mais populoso, cuja capital é Sydney, apresentou hoje o que qualificou como "as reformas mais rigorosas do país em matéria de armas de fogo".
"Não podemos fingir que o mundo é o mesmo que era antes do ato terrorista de domingo", afirmou o chefe do governo estadual, Chris Minns, em declarações aos jornalistas.
"Eu daria qualquer coisa para voltar uma semana, um mês, dois anos atrás, para garantir que isto não acontecesse, mas precisamos de garantir que tomaremos medidas para que [o sucedido] nunca mais se repita".
As novas regras reduzirão o número de armas autorizadas para quatro por indivíduo, mas alguns grupos de pessoas, como os agricultores, poderão possuir até 10 armas.
O estado australiano estima que existam 1,1 milhões de armas de fogo em circulação em Nova Gales do Sul.
A lei também proibirá a exibição de "símbolos terroristas", incluindo a bandeira do Estado Islâmico, que foi encontrada num carro ligado a um dos atiradores.
Por outro lado, as autoridades poderão ainda vir a proibir manifestações por um período de até três meses após um ataque.
Minns disse ainda que o governo estadual considera vir a endurecer no próximo ano a legislação sobre o discurso de ódio.
À semelhança de Nova Gales do Sul, também o governo federal australiano anunciou intenção de levar por diante reformas relativas à detenção de armas de fogo e às leis sobre discurso de ódio, assim como uma revisão dos serviços policiais e de inteligência.
Depois de anunciar que pretende endurecer a legislação australiana contra o extremismo, o primeiro-ministro Anthony Albanese anunciou na sexta-feira um programa de recompra de armas de fogo em circulação, afirmando que "não há razão para que uma pessoa que vive nos subúrbios de Sydney precise de tantas armas de fogo", numa referência às seis armas legalmente possuídas por um dos agressores, Sajid Akram.
A iniciativa do Governo federal configura a maior recompra de armas desde 1996, quando a Austrália endureceu a regulamentação sobre armas de fogo na sequência de tiroteio que causou 35 mortes em Port Arthur.
Leia Também: Autores do massacre de Sydney lançaram explosivos que não detonaram





.jpg)






















































