Talibãs reportam cinco mortos nos confrontos na fronteira com Paquistão
- 06/12/2025
"Neste ataque, cinco dos nossos concidadãos, incluindo um mujahidin (combatente talibã), foram martirizados e outros cinco ficaram feridos", disse o porta-voz adjunto do Governo talibã, Hamdullah Fitrat, num comunicado de imprensa.
Um anterior balanço dos confrontos apontava para quatro civis mortos e quatro feridos no Afeganistão, numa troca de tiros na região fronteiriça com o Paquistão, segundo disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o governador da região afegã de Spin Boldak, Abdul Karim Jahad.
O tiroteio aconteceu depois de, na sexta-feira, as autoridades talibãs no Afeganistão e o Governo do Paquistão se terem acusado mutuamente de abrir fogo na zona fronteiriça.
O Governo talibã no Afeganistão referiu que os confrontos ocorreram durante a noite de sexta-feira na fronteira com o Paquistão, principalmente nos arredores do distrito de Spin Boldak, na província de Kandahar.
Após as acusações de Cabul, capital do Afeganistão, fontes de segurança do Paquistão disseram à agência de notícias EFE que os confrontos começaram após ataques não provocados das forças afegãs.
Os confrontos ocorreram em plena escalada das tensões diplomáticas entre Islamabad (capital do Paquistão) e Cabul, após o fracasso da ronda de negociações realizada esta semana entre delegações dos dois países na Arábia Saudita.
Em outubro, Paquistão e Afeganistão viveram um dos piores episódios de tensão transfronteiriça em décadas, com confrontos que duraram uma semana, sendo que em 19 de outubro, com a mediação do Qatar e da Turquia, os dois países chegaram a um frágil acordo de cessar-fogo.
No entanto, em 25 de novembro, os talibãs reportaram novos ataques aéreos paquistaneses nas províncias de Khost, Paktika e Kunar.
Segundo as autoridades talibãs, 10 civis, incluindo nove crianças, foram mortos nestes bombardeamentos.
O Paquistão acusa os talibãs de darem refúgio aos membros do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), ou talibãs paquistaneses, aliados ideológicos dos fundamentalistas afegãos que, segundo Islamabad, orquestram ataques terroristas em solo paquistanês.
Desde o regresso dos talibãs ao poder em Cabul, em agosto de 2021, os ataques violentos têm aumentado no Paquistão, principalmente nas províncias fronteiriças ocidentais de Khyber Pakhtunkhwa e do Baluchistão.
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