Tiroteio em Brown? FBI não divulga se sem-abrigo irá receber recompensa
- 22/12/2025
O FBI não comenta se o sem-abrigo que foi uma peça importante para descobrir a identidade de Cláudio Neves Valente, o assassino do físico Nuno Loureiro e autor do ataque na Universidade de Brown, vai receber a recompensa de 50 mil dólares (42 mil euros, aproximadamente).
"Como prática padrão, o FBI não divulga se uma recompensa é ou não paga", disse um fonte ao The Post, no domingo passado.
De recordar que foi noticiado que o FBI iria entregar uma quantia de 50 mil dólares ao sem-abrigo que ajudou as autoridades, através de uma publicação no Reddit, a encontrar o autor do tiroteio na Universidade de Brown e que, posteriormente, matou o físico português Nuno Loureiro, em Boston.
O denunciante foi identificado apenas como "John" e partilhou uma descrição detalhada sobre o carro alugado pelo suspeito Cláudio Neves Valente, que viu estacionado junto da Sociedade Histórica de Rhode Island, tendo pedido às autoridades que o investigassem.
"Estou a falar a sério. A polícia precisa de investigar um Nissan cinzento com a matrícula da Florida, possivelmente é um carro alugado. Era esse o carro que ele [o atirador] estava a conduzir", referiu na publicação do Reddit.
E acrescentou: "Ele usou o comando para abrir o carro, aproximou-se e algo fê-lo recuar, tendo trancado o carro novamente. Achei isto estranho. Quando ele deu uma volta ao quarteirão, aproximei-me do carro e foi aí que vi a matrícula da Florida".
Recorde-se que, com esta pista, os investigadores foram rever os vídeos das câmaras de vigilância e conseguiram localizar o Nissan, corroborando também as movimentações do encontro entre o suspeito e o homem que deu as informações no Reddit.
No dia seguinte, a polícia de Providence explicou que um homem se dirigiu a agentes na rua Meeting, onde se situa o edifício Alumni Hall da Universidade de Brown. Identificou-se como "John" e como o autor da publicação no Reddit. Depois, prestou voluntariamente um depoimento que foi gravado, onde contou detalhes: a primeira vez que tinha encontrado o suspeito foi na "casa de banho no rés-do-chão do edifício Barus Holley, imediatamente à direita de uma entrada do edifício, em 13 de dezembro de 2025, por volta das 13h45-14h00".
Na manhã desse dia, a polícia tinha sido também abordada por um funcionário da Universidade de Brown que tinha avistado um carro suspeito no local, a 11 de dezembro. As imagens de videovigilância levaram a que as autoridades percebessem que o Nissan tinha estado pelo menos 14 vezes naquela área.
O vídeo do rent a car de Boston permitiu perceber que Cláudio usava uma "camisola azul" semelhante à "peça de roupa interior azul visível por baixo do casaco do suspeito, conforme capturado em numerosos vídeos de vigilância de 13 de dezembro de 2025".
O que sabe sobre o homicídio (e o ataque na universidade)?
De salientar que têm surgido novos detalhes acerca de Cláudio Neves Valente, sabendo-se também que as autoridades norte-americanos, em conjunto com a Polícia Judiciária (PJ), têm passado a 'pente fino' o percurso académico de homicida.
Ao que tudo indica, Cláudio Valente teria retomado recentemente o contacto com o físico e ex-colega Nuno Loureiro e, por isso, sabia onde é que ele morava, segundo o Correio da Manhã (CM).
Nuno Loureiro abriu as portas de sua casa ao ex-colega na segunda-feira, dia 15 de dezembro, longe de imaginar que o amigo seria o autor do ataque na Universidade Brown ou que o iria matar de seguida.
Informações avançadas pela SIC Notícias, no domingo, davam conta de que Cláudio Valente terá viajado, pelo menos, quatro vezes de Miami para Boston durante o ano. A primeira viagem terá acontecido em fevereiro e durou apenas quatro dias.
As últimas viagens terão acontecido já nos últimos meses do ano, entre outubro e dezembro. As autoridades acreditam que o homicida estaria a planear o ataque à Universidade de Brown e o assassinato de Nuno Loureiro desde fevereiro.
Corpo de homicida português não foi reclamado
O corpo de Cláudio Neves Valente ainda não foi reclamado. De acordo com o jornal Correio da Manhã, que avançou com a notícia, o homicida, natural do Entroncamento, poderá mesmo vir a ser sepultado como indigente do outro lado do Atlântico, se a família, com quem tinha cortado relações, não se responsabilizar pelas cerimónias fúnebres ou envio dos restos mortais para Portugal.
O assassino português, note-se, foi encontrado morto, na quinta-feira passada, com um tiro auto-infligido.
"Com base nos resultados dos exames e nas informações investigativas disponíveis até o momento, estima-se que o sr. Neves Valente tenha morrido a 16 de dezembro de 2025" - no dia a seguir a, alegadamente, ter disparado sobre Nuno Loureiro, que acabou por morrer também na terça-feira.





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