Tiroteio em Sydney. Cemitério muçulmano profanado com cabeças de porco
- 16/12/2025
Um cemitério muçulmano no sudoeste de Sydney, na Austrália, foi vandalizado e descerrado esta segunda-feira após dois homens, pai e filho, terem aberto fogo sobre centenas de pessoas num evento judaico na praia de Bondi.
Segundo a news.au.com, as autoridades foram alertadas para a situação por volta das 06h00 (hora local), quando foram descobertas cabeças e entranhas de porco no cemitério. Note-se que, segundo o Alcorão, o livro sagrado do Islamismo, a carne de porco é impura e, por isso, é proibido que seja comida.
"Foram acionados agentes para o local que encontraram várias cabeças de porco. A polícia abriu de imediato uma investigação", afirmou a autoridade em comunicado. "As cabeças de porco foram, desde então, removidas", acrescentaram.
Autoridades investigam ligação da dupla com o Estado Islâmico
No domingo, uma dupla de pai e filho - Sajid, de 50 anos, e Naveed Akram, de 24 - mataram 15 pessoas e feriram outras quarenta quando começaram a disparar indiscriminadamente sobre as pessoas que se encontravam na praia de Bondi para celebrar a primeira noite do Hanukah (uma celebração judaica).
Sajid foi alvejado durante uma troca de fogo com as autoridades e acabou por morrer. Já Naveed foi também atingido, mas encontra-se ainda com vida, apesar de em estado crítico, no hospital.
As autoridades estão a investigar a possibilidade de os dois homens terem jurado fidelidade ao Estado Islâmico (organização jihadista considerada terrorista), após ter sido encontrada uma bandeira da organização no carro dos suspeitos, assim como, engenhos explosivos.
Esta teoria ganhou ainda mais força quando as autoridades descobriram que Sajid e Naveed tinham regressado das Filipinas em Novembro.
"Embora não existam ligações conhecidas entre a ISEA [Estado Islâmico da Ásia de leste] e a Austrália, já houve ligações entre australianos e grupos terroristas nas Filipinas", lê-se num documento oficial, citado pelo mesmo meio.
Líderes muçulmanos recusam receber o corpo de Sajid
Note-se que perante as ações da dupla, os líderes muçulmanos de Sydney anunciaram a sua recusa em realizar os rituais fúnebres islâmicos ou a receber os corpos dos suspeitos (que, para já, seria apenas o de Sajid), considerando o ataque um "ato bárbaro e criminoso".
Jamal Rifi, uma das vozes mais proeminentes da comunidade islâmica em Sydney, foi mais longe, dizendo mesmo que a comunidade não vê "os criminosos como parte do Islão ou como muçulmanos".
"O que eles fizeram não é tolerado por nenhum de nós e é matar civis inocentes. Há um versículo do nosso livro: matar um civil inocente é o mesmo que matar toda a humanidade", atirou.
A comunidade muçulmana, acrescentou, está em alerta máximo devido ao ataque, temendo represálias, e não se vai reunir em mesquitas durante os próximos dias.





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