Três (dos 20) reféns libertados pelo Hamas já tiveram alta hospitalar
- 17/10/2025
Três dos 20 reféns libertados pelo Hamas, no início desta semana, após 738 dias em cativeiro na Faixa de Gaza, receberam alta hospitalar, esta sexta-feira.
De acordo com o Times of Israel, Matan Zangauker, Omri Miran e Matan Angrest receberam alta do Centro Hospitalar Ichilov de Telavive, quatro dias depois de terem sido libertados.
Após completarem os exames médicos necessários, os três reféns regressaram a casa, com as suas famílias. Ainda assim, vão continuar a receber apoio por parte da equipa hospitalar e foi pedido aos meios de comunicação e ao público para que respeite a privacidade dos agora ex-reféns.
Omri Miran, o refém mais velho em cativeiro, foi recebido por centenas de pessoas no kibutz Kramim - local para onde a mulher e as filhas se mudaram após o ataque de 7 de outubro de 2023.
"Estou aqui, mas ainda há pessoas que não tiveram um final. Houve memoriais e funerais durante a semana e o meu coração está com todos", disse, acrescentando sentir-se "óptimo".
"Agora é hora de regressar à vida, de regressar à família. Obrigado a todo o povo de Israel", terminou.
OMRI MIRAN IS FREE pic.twitter.com/FvX4ejJDUl
— Hen Mazzig (@HenMazzig) October 17, 2025
De recordar que, até à data, o Hamas já libertou os 20 reféns ainda vivos que eram mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023. Também já entregou 11 corpos (de 28), sendo que um foi identificado como sendo um palestiniano.
Todos os reféns, de acordo com os médicos, sofriam de desnutrição severa, infeções respiratórias e problemas de pele causados pelos anos em que foram mantidos em túneis sem luz e húmidos.
A recuperação dos reféns poderá levar meses e encontram-se, neste momento, a cumprir uma dieta restrita por forma a evitar complicações na reintrodução alimentar. Estão ainda debaixo de supervisão psiquiátrica.
"Sabíamos que iam voltar"
Os reféns vivos foram libertados e entregues a Israel na segunda-feira, dia 13 de outubro. Ao longo da semana, foram surgindo os primeiros relatos sobre os 738 dias que passaram na Faixa da Gaza.
A mãe do agora ex-refém Matan Angrest, Ana, contou que o filho foi espancado de forma tão violenta pelo Hamas que chegou a perder os sentidos.
"Ele lembra-se de ter sido espancado tão violentamente que perdeu a consciência. Cobriram-no com sacos pretos e arrastaram-no", revelou Ana Angrest aos meios de comunicação israelitas.
Já o jornal israelita Haaretz revelou que Ariel Cunio e Rom Braslavski foram mantidos em total isolamento durante grande parte do tempo, assim como Avinatan Or que esteve sozinho durante os dois anos de sequestro.
Quem são os 20 reféns vivos e agora libertados?
De recordar que o grupo islamita palestiniano Hamas manteve detidos 48 israelitas, dos quais 20 vivos - um grupo de homens com idades compreendidas entre os 20 e os 48 anos.
Leia Também: Hamas entregou mais um cadáver de refém à Cruz Vermelha