Trump insta homens brancos a denunciaram discriminação no trabalho
- 19/12/2025
"É um homem branco que sofreu discriminação no trabalho por causa do seu sexo ou raça? Pode ter direito a uma indemnização", frisou Andrea Lucas, presidente da agência, num vídeo publicado na quarta-feira na rede social X e partilhado pelo vice-presidente JD Vance.
Criada pela histórica Lei dos Direitos Civis de 1964, a Comissão Federal para a Igualdade de Oportunidades no Emprego (EEOC, na sigla em inglês) destaca agora no seu 'site' o apoio àqueles que alegam ser vítimas de discriminação positiva ou "anti-americana".
"A EEOC está empenhada em identificar, combater e eliminar todas as formas de discriminação com base na raça e no sexo, incluindo contra homens brancos, sejam candidatos a emprego ou funcionários", acrescentou a presidente da agência.
Desde que regressou à presidência, em janeiro, o republicano Donald Trump e a sua administração têm travado uma batalha política para desmantelar as práticas de discriminação positiva, desde os campus universitários às empresas e ao governo.
Frequentemente referidas pela sigla DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), estas práticas, inicialmente implementadas para apoiar as minorias que enfrentam a desigualdade, estão na mira de um movimento político que se opõe a tudo o que considera "woke".
Os conservadores usam o termo 'woke' pejorativamente para denunciar o que consideram ser ativismo excessivo, particularmente a favor das minorias.
JD Vance, uma figura proeminente deste movimento, publicou na quarta-feira no X um artigo no qual um argumentista de Hollywood relata ter visto a sua participação num projeto negada por ser um jovem branco.
O movimento DEI "foi um projeto deliberado de discriminação, especialmente contra os homens brancos", salientou o vice-presidente dos EUA num comentário.
"Tem toda a razão", respondeu Andrea Lucas no X, denunciando a "discriminação generalizada, sistemática e ilegal que tem como alvo principal os homens brancos" e acrescentando que a sua agência "não vai parar até que esta discriminação seja eliminada".
Segundo um estudo da Universidade de Massachusetts, a proporção de funcionários afro-americanos que apresentam queixa à EEOC é 195 vezes superior à dos funcionários brancos.
Em 2020, nos Estados Unidos, o património líquido médio das famílias brancas era cerca de 10 vezes superior ao das famílias afro-americanas, de acordo com os dados dos censos analisados pelo 'think tank' Pew Research Center.
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