Trump quer paz em troca do Donbass. Zelensky e Europa discordam

  • 21/10/2025

A Hungria abriu as portas para receber Donald Trump e Vladimir Putin e servir de palco para a negociação do fim da guerra na Ucrânia, mas uma conversa entre o presidente dos Estados Unidos e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, parece ter chegado menos longe - e 'obrigado' a Europa a sair em auxílio da Ucrânia.

 

De acordo com o que é explicado num comunicado conjunto emitido esta terça-feira, e assinado por vários lideres europeus, em causa está a união para "uma paz justa e duradoura, merecida pelo povo da Ucrânia".

Os líderes referem que apoiam a posição de Trump em querer acabar com o conflito entre a Ucrânia e a Rússia "de imediato", sublinhando que "a atual linha de contacto deve dar início às negociações". O comunicado deixa, porém, claro: "Estamos comprometidos com o princípio de que as fronteiras internacionais não deve ser alteradas pela força".

Os líderes europeus consideram que, se por um lado, a Ucrânia tem vindo a mostrar que "está a levar a sério" um caminho para a paz, por outro lado, "Putin continua a escolher a violência e destruição".

Na nota, os responsáveis, entre os quais estão os líderes do Reino Unido Unido, Alemanha, Itália, e também representantes da União Europeia, referem que é preciso pressionar a economia russa e também a indústria da Defesa. "Estamos a desenvolver medidas para usar o valor total dos ativos imobilizados da Rússia para que a Ucrânia tenha os recursos de que necessita", explicam.

Trump pressionou Zelensky a entregar Donbass

O comunicado conjunto e o esboço de um plano terá sido motivado após a reunião de sexta-feira entre Zelensky e Trump, na Casa Branca. Durante a sua viagem a Washington, o presidente ucraniano foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de ceder territórios para pôr fim à guerra e defendeu que para parar o conflito e "ir para negociações de paz urgentemente, pelo caminho diplomático" é preciso "não dar mais [territórios] a Putin".

Já o jornal Financial Times noticiou que a reunião entre Trump e Zelensky ficou marcada por uma discussão com gritos, ofensas e uma alegada ameaça feita pelo líder norte-americano de que Putin iria "destruir" a Ucrânia se o líder ucraniano não aceitasse os termos russos para o fim do conflito.

Ainda hoje, um responsável ucraniano revelou que Trump pressionou Zelensky a aceitar a cedência da região oriental do Donbass à Rússia durante a reunião na Casa Branca. 

A fonte, que falou à agência France-Presse (AFP) sob anonimato, descreveu a reunião como "tensa e difícil", acrescentando que Trump pediu a Zelensky para ordenar a retirada das tropas ucranianas das zonas ainda sob controlo de Kyiv, uma das exigências centrais do Presidente russo.

"A diplomacia de Trump deu-nos a sensação de estar a andar em círculos", comentou a fonte ucraniana.

O Kremlin tem insistido que qualquer acordo exige a retirada ucraniana das quatro regiões anexadas por Moscovo - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia - e a renúncia formal de Kyiv à adesão à NATO.

Europa tem um plano com 12 pontos

Para além do comunicado conjunto, fontes próximas do processo citadas pela agência Bloomberg, apontaram que os líderes europeus já começaram a esboçar o plano, e que, segundo o mesmo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ficaria a presidir a um conselho da paz, responsável por supervisionar a aplicação do mesmo, que terá 12 pontos.

Uma vez que a Rússia concordasse com um cessar-fogo e ambos os lados se comprometessem a interromper os avanços territoriais, as propostas preveem o regresso de todas as crianças deportadas à Ucrânia e a troca de prisioneiros.

Por seu lado, a Ucrânia receberia garantias de segurança, fundos para reparar os danos da guerra e um caminho para aderir rapidamente à União Europeia.

As sanções contra a Rússia seriam gradualmente suspensas, embora cerca de 300 mil milhões de dólares (quase 260 mil milhões de euros) em reservas congeladas do banco central russo só fossem devolvidos depois de Moscovo concordar em contribuir para a reconstrução pós-guerra da Ucrânia.

As restrições seriam restabelecidas se a Rússia atacasse o país vizinho novamente.

Leia Também: "A andar em círculos". Trump pressionou Zelensky a ceder Donbass à Rússia

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2874627/trump-pressionou-zelensky-nao-quis-dar-donbass-e-europa-veio-salvar#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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