Ucrânia? "Não há qualquer cerco ou bloqueio em Pokrovsk e Myrnohrad"
- 05/11/2025
A informação foi adiantada pelo major Andrii Kovalov, porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, à agência de notícias Ukrinform.
"Neste momento, não há qualquer cerco ou bloqueio de cidades na aglomeração de Pokrovsk-Myrnohrad. Da mesma forma, nenhuma unidade das Forças de Defesa da Ucrânia está cercada", assegurou Kovalov.
Segundo o porta-voz do Estado-Maior, as unidades das Forças Armadas da Ucrânia estão a fazer tudo o que é possível para manter a logística.
Acrescentou que a situação em Pokrovsk é difícil, mas que está em curso uma complexa operação para detetar as forças inimigas dentro da área urbana, destruí-las e expulsar os invasores russos de Pokrovsk.
O Estado-Maior das forças ucranianas instou ainda o público a basear-se em fontes oficiais de informação e a não divulgar dados não verificados.
As Forças de Defesa da Ucrânia impediram a expansão da presença militar russa na parte norte de Pokrovsk e evitaram que o inimigo cortasse a estrada que liga a cidade a Rodynske, noticiou ainda a Ukrinform.
As forças aerotransportadas das Forças Armadas da Ucrânia revelaram que continuavam hoje intensos combates urbanos em Pokrovsk.
Na segunda-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha indicado que a Rússia está a concentrar os seus ataques contra a Ucrânia em Pokrovsk, deixando as tropas ucranianas em situação "difícil", mas sem conseguir tomar a localidade estratégica.
Pokrovsk, que contava com cerca de 60 mil habitantes antes da invasão, situa-se num ponto estratégico de cruzamento ferroviário e rodoviário, o que significa que uma captura ia abrir caminho para oeste, onde as defesas ucranianas são menos fortificadas.
Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), a Rússia conquistou 461 quilómetros quadrados de território ucraniano durante outubro, ligeiramente acima dos 447 registados em setembro, aproximando-se da média mensal de 2025.
Em julho, o Exército russo tinha atingido o pico anual, com 634 quilómetros quadrados conquistados.
No final de outubro, as forças russas controlavam total ou parcialmente 19,2% do território ucraniano, incluindo áreas já ocupadas antes da invasão iniciada em fevereiro de 2022, como a Crimeia e partes do Donbass.
A região de Donetsk foi a que registou maiores progressos russos no mês, com 169 quilómetros quadrados conquistados, uma média de 5,5 quilómetros quadrados por dia, permitindo que Moscovo reivindique o controlo de cerca de 81% da região, além de quase toda a vizinha Luhansk.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
No plano diplomático, a Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda pelo menos quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia, anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo.
Por seu lado, a Rússia considera que aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.
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