Ucrânia nega que Rússia tenha eliminado as suas forças em Pokrovsk
- 02/11/2025
O Ministério da Defesa russo afirmou hoje, em comunicado, ter eliminado um grupo de forças especiais ucranianas que tentou aterrar um helicóptero a um quilómetro da fortaleza de Pokrovsk, o principal campo de batalha entre as tropas de Moscovo e Kyiv na região de Donetsk.
Segundo o comunicado, onze soldados inimigos foram mortos durante a operação.
Uma fonte da Direção Geral de Inteligência (GUR) do Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou ao jornal Ukrainska Pavda que as declarações do Ministério da Defesa russo sobre a destruição do grupo ucraniano eram falsas.
"Esta informação é tão falsa quanto o relatório de Guerasimov a Putin, há alguns dias, de que Pokrovsk estava cercada", disse a mesma fonte, referindo-se ao chefe do Estado-Maior russo, Valeri Guerasimov, e ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
A fonte do GUR assegurou que as "ações de estabilização" que foram lançadas em Pokrovsk comandadas pelo chefe de serviço de inteligência militar, Kirilo Budánov, ainda continuam.
Na informação veiculada hoje, o departamento militar russo informou ainda que continua a aniquilar as forças ucranianas supostamente cercadas perto da estação ferroviária da localidade, o principal cenário de combates entre as tropas de Moscovo e Kyiv na região de Donetsk.
Kyiv nega, por enquanto, que os seus soldados tenham ficado cercados, enquanto, de acordo com a plataforma ucraniana de monitorização da frente DeepState, entre as forças russas que avançam do sudoeste sobre Pokrovsk e as que avançam do nordeste, resta um espaço de cerca de nove quilómetros em linha reta.
Os meios de comunicação ucranianos informam que, de acordo com fontes do GUR, vários dos seus helicópteros e forças especiais estão a participar numa operação para libertar as zonas de Pokrovsk onde se infiltraram efetivos russos e que são estrategicamente importantes para a defesa ucraniana.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, admitiu na sexta-feira que a situação em Pokrovsk é difícil, uma vez que os russos concentraram "todas as suas forças" na cidade, afirmando que acumularam cerca de 170 mil soldados na zona circundante.
Outubro foi o mês em que a Rússia lançou mais mísseis contra a Ucrânia desde 2023, em ataques noturnos direcionados especificamente à rede elétrica, de acordo com uma análise da Agência France Presse, contabilizada a partir de dados ucranianos.
As forças russas lançaram 270 mísseis contra o país em outubro, um aumento de 46% em relação a setembro, segundo uma compilação de dados fornecida diariamente pela Força Aérea Ucraniana.
Este é o maior número de mísseis lançados num único mês contra a Ucrânia durante bombardeamentos noturnos desde que a Força Aérea Ucraniana começou a publicar estes relatórios diários no início de 2023.
Os ataques russos deixaram dezenas de milhares de pessoas sem eletricidade.
Moscovo tem atacado a rede elétrica ucraniana pelo quarto inverno consecutivo, no âmbito de uma estratégia para enfraquecer a população civil ucraniana, segundo Kyiv e os seus apoiantes.
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