UE aprova alteração do acordo do Mercosul para salvaguardar agricultores
- 09/12/2025
As alterações às regras foram aprovadas com 27 votos favoráveis, sete contra e oito abstenções, e propõem que as tarifas preferenciais para o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai sejam suspensas se "estas importações estiverem a prejudicar os agricultores europeus".
Para isso, os eurodeputados querem que seja feita uma monitorização a cada três meses para ver como evolui o mercado e para que se possam mitigar possíveis prejuízos para os agricultores.
França e Polónia mostraram-se hoje contra o acordo comercial entre a União Europeia e Mercosul, enquanto a maioria dos países se mostra a favor, em vésperas de votações decisivas para ratificar o acordo a 20 de dezembro.
Num encontro com diplomatas europeus no Brasil, país que lidera o bloco do Mercosul até ao fim do ano, as vozes europeias que concordam com a ratificação deste histórico acordo suplantaram em grande número as discordantes.
Diplomatas de Portugal, Espanha, República Checa, Países Baixos, Suécia, Croácia, Alemanha, Eslovénia e Malta demonstraram o apoio ao acordo que visa eliminar a maioria das taxas aduaneiras de importação para criar uma das maiores zonas de livre comércio do mundo.
"Portugal espera, sinceramente, que tudo isto tenha um desfecho muito positivo já daqui a uns dias", sublinhou o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, frisando que o acordo vai "abrir portas económicas, industriais e agrícolas".
Fonte diplomática de Itália, país considerado decisivo na votação de maioria qualificada no Conselho Europeu (pelo menos 15 dos 27 países que representem pelo menos 65% da população total da EU) reforçou hoje o apoio ao acordo.
Por outro lado, a diplomacia francesa, preocupada com a concorrência ao seu poderoso setor agrícola e devido às preocupações ambientais, voltou hoje a mostrar-se contra o acordo.
Também as diplomacias da Polónia e da Bélgica demonstraram preocupações com o acordo provisório que foi assinado em 2024, após 25 anos de negociações, que agora terá de ser ratificado pelo bloco europeu nos próximos dias.
No dia 16 de dezembro, a parte comercial segue para o plenário do Parlamento Europeu e, para ser aprovado, terá de ter maioria simples.
Por fim, nos dias 18 e 19 de dezembro, precisará do aval do Conselho Europeu.
Sobre a entrada em vigor do acordo, fonte da União Europeia disse esperar que seja "dentro de alguns meses".
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