Valores do abono de família vão aumentar (à boleia da inflação)
- 14/10/2025
Os valores do abono de família vão aumentar, no próximo ano, acompanhando a variação da inflação, de acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), onde consta um reforço da verba para este apoio.
"Relativamente ao abono de família, o aumento de 27,6 milhões de euros em 2026, por comparação com o ano de 2025, decorre do aumento dos montantes de acordo com a variação da inflação, uniforme para todos os escalões de rendimento do agregado familiar e idade do descendente/titular", pode ler-se no relatório da proposta do OE2026, divulgado pelo Governo.
Significa isto que a atualização será uniforme para todos os escalões de rendimento e idades dos dependentes, o que garante que todas as famílias vão beneficiar do mesmo aumento proporcional.
Além do abono de família, há outras prestações sociais que vão aumentar no próximo ano, mas também há outras que ficam de fora.
O Governo prevê gastar 26.357,6 milhões de euros no pagamento de prestações sociais, estando previstos aumentos em quase todas, com exceção para o Rendimento Social de Inserção ou a Garantia para a Infância, ambas para casos de pobreza extrema.
O que é o abono de família e quais são as condições para ter direito?
De acordo com a Segurança Social, trata-se de um "apoio pago em dinheiro, por mês, para ajudar as famílias nas despesas familiares relacionadas com o sustento e a educação das crianças e jovens".
A criança ou jovem tem direito se cumprir com todas as seguintes condições:
- pertencer a um agregado familiar que, à data do pedido, não tiver património mobiliário (depósitos bancários, ações, obrigações, certificados de aforro, títulos de participação e unidades de participação em instituições de investimento coletivo) que ultrapasse 240 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS);
- morar em Portugal ou for equiparado a residente;
- não trabalhar, a não ser que tenha mais de 16 anos e trabalhe durante as férias escolares a contrato de trabalho;
fizer a prova escolar em julho, se tiver entre os 16 e 24 anos.
De sublinhar que o "valor e a duração são variáveis, dependem da idade da criança ou jovem, da composição e do rendimento do agregado familiar".
"Se o rendimento do agregado familiar da criança ou jovem se inserir no 1º escalão de rendimentos, poderá ter direito a receber a Garantia para a Infância", explica também a Segurança Social.
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