Vaticano regista excedente de 1,6 milhões em 2024 após défice em 2023
- 27/11/2025
O défice estrutural, que exclui os resultados financeiros, foi reduzido em quase 50%, passando de 83,5 milhões de euros em 2023 para 44,4 milhões em 2024.
Segundo o relatório, observa-se uma tendência claramente positiva nas contas da Santa Sé, embora a sustentabilidade financeira plena continue a ser um objetivo de longo prazo, uma vez que a melhoria dependeu sobretudo do aumento dos donativos.
A redução do défice foi impulsionada por um crescimento das receitas em 78,6 milhões de euros, provenientes maioritariamente de donativos e da gestão hospitalar, bem como por medidas de controlo de custos que atenuaram os efeitos da inflação e do aumento das despesas com pessoal.
A gestão financeira foi considerada particularmente positiva, gerando um lucro de 46 milhões de euros, que ultrapassou os resultados de 2023 e contribuiu de forma decisiva para a cobertura do défice operacional.
As principais áreas de despesa do Vaticano foram o culto e a evangelização (14%), as comunicações (12%), a presença global através das nunciaturas apostólicas (10%) e os serviços de caridade (10%).
O ministro da Economia da Santa Sé, Maximino Caballero Ledo, afirmou que as reformas implementadas durante o pontificado do Papa Francisco melhoraram a situação financeira ao longo da última década.
Caballero Ledo sublinhou, contudo, que não se trata apenas de manter um orçamento equilibrado, mas de reforçar a capacidade da Santa Sé para otimizar cada contributo recebido e garantir uma gestão mais robusta e sustentável ao serviço da missão da Igreja.
Apesar da melhoria, o responsável alertou para a persistência de um défice operacional de 44,4 milhões de euros e apelou à continuidade, realismo e disciplina no caminho para a plena sustentabilidade financeira.
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