Zelensky quer negociar mais; Moscovo afirma não ter "qualquer informação"
- 24/11/2025
As discussões em Genebra, Suíça, tiveram como base o plano de 28 pontos apresentado na semana passada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, para pôr fim ao conflito desencadeado há quase quatro anos pela invasão russa da Ucrânia, mas que foi amplamente considerado pró-Moscovo.
"Nos passos que coordenámos com o lado norte-americano, conseguimos incluir pontos extremamente sensíveis", disse Volodymyr Zelensky, durante uma conferência virtual na Suécia.
"São passos importantes, mas, para alcançar uma verdadeira paz, é necessário muito mais", acrescentou.
Já a presidência russa (Kremlin), indicou que "não recebeu qualquer informação" após as negociações em Genebra, acrescentando, no entanto, estar ciente de que tinham sido feitas modificações à proposta norte-americana.
O texto inicial, elogiado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, incluía várias exigências importantes de Moscovo, como a cedência de territórios ucranianos, aumentando os receios em Kyiv de uma capitulação forçada.
O líder ucraniano elogiou algumas medidas, como a libertação completa de todos os prisioneiros ucranianos sob a fórmula "todos por todos", bem como o regresso de "todas as crianças ucranianas raptadas pela Rússia".
"É claro que continuamos a trabalhar com os nossos parceiros, especialmente os Estados Unidos, e a procurar compromissos que nos fortaleçam e não que nos enfraqueçam", referiu o Presidente ucraniano, afirmando que o país está num "momento crítico".
Após as consultas em Genebra entre Washington e Kyiv, os intervenientes afirmaram, no domingo à noite, que um "futuro acordo" de paz deve "respeitar plenamente a soberania da Ucrânia".
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, disse no domingo estar "muito otimista" sobre a possibilidade de se chegar a um acordo "muito rapidamente", embora permaneçam muitas incógnitas.
Donald Trump tinha inicialmente dado a Zelensky um prazo - até quinta-feira, 27 de novembro - para este aceitar a proposta, mas depois acabou por admitir que este plano não é uma "oferta final".
Os líderes europeus vão também a debater a situação da Ucrânia, numa reunião hoje em Luanda, antes da cimeira UE- África.
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